Agora que a
soma dos erros derrubou as jovens ilusões de onipotência, não me tira a
pretensão de continuar tentando acertar.
Agora que
tantos desenganos, tantas incompreensões repetiram lições de ceticismo,
conserva minha boa fé e minha disponibilidade frente às criaturas.
Agora que as
forças do meu corpo começam a falhar, alerta meu espírito; livra-me do
comodismo; redobra minha vontade.
Agora que
perdi a abençoada cegueira da juventude e só posso amar de olhos abertos,
redobra minha compreensão, ajuda-me a superar as mágoas, protege-me da
amargura.
Agora que
aumenta o círculo das criaturas que me olham e esperam alguma coisa de mim,
dá-me um pouco de sabedoria, ensina-me a palavra certa, inspira-me o gesto
exato, norteia minha atitude.
DEUS, PAI,
Concede-me a
graça de não cair na desilusão,
de não
chorar o passado, de continuar disponível,
de não
perder o ânimo, de envelhecer jovem,
de chegar à
morte com reserva de AMOR.
Autor
Desconhecido
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