Que todo
homem público saiba honrar sua função na compreensão de que o poder é
passageiro e fugaz, mas que uma única atitude sua pode ser permanente e
prejudicar milhares ou milhões de pessoas por dezenas ou centenas de anos;
Que todo
homem público possa discernir a diferença entre o poder da comunicação e a
comunicação do poder para que a humildade seja sempre sua bussola orientando o
norte a seguir;
Que todo
homem público carregue em seus olhos, as lágrimas das pessoas mais simples, das
vidas mais simples, para que a sua visão não se embace pelas névoas da vaidade
e o sorriso enganador da fama;
Que todo
homem público não se vanglorie nas vitórias, não se encante com as glórias, nem
se perturbe pelo esquecimento, no entendimento de que nenhuma placa de
homenagem ou discurso de reconhecimento pode substituir a alegria da missão
cumprida;
Que todo
homem público não seja apenas o gerúndio da intenção, mas o imperativo da ação
no comprometimento com as necessidades prioritárias notadamente dos que mais
dependem das ações públicas;
Que todo
homem público ao tomar suas decisões tenha a inteligência que lhe possibilita a
razão, sem olvidar da sensibilidade que antecede a tudo o que permeia o humano;
Que todo
homem público não use a retórica para alcançar a subserviência do outro, não se
comprometa com o que não possa cumprir, perceba a transparência como um dever e
a dignidade como direito de todos;
Que todo
homem público, enfim, tenha espelhado na mesa de seu gabinete, o pó das ruas sem
asfalto, o sangue dos bairros sem saúde, o quadro negro das crianças sem
escola, para que a sua caneta carregue sempre as tintas da integridade e da
luta contra as injustiças sociais.
Assim seja.
Autor
desconhecido
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