Senhor!
Os homens
reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer; legiões humanas devotadas à
fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam Contigo buscando
servir-Te.
Permite-nos
agora um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal que
vivemos na Casa que nos emprestastes para o planejamento das atividades
evangélicas do futuro.
Como não
estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas
súplicas permite-nos fazê-lo de forma diferente.
Quando quase
todos pedem pelos infelizes, nós nos atreveremos a suplicar pelos
infelicitadores; quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos
delinquentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em benefício
dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se
voltam para interceder pelos esfaimados, os carentes, os desiludidos, nós nos
encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os
erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a
derrocada nas rampas éticas do comportamento.
Não Te
queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão, pelos seus algozes, os
que entenebreceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se,
quais chacais sobre os cadáveres dos vencidos.
Tu que és o
nosso Pastor e prometeste apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os
irmãos que se cegaram a si mesmos e, ensandecidos, ateiam as labaredas do ódio
na Terra e fomentam as desgraças que dominam no Mundo.
Tu podes
fazê-lo, Senhor, e é por isto que, em Te agradecendo todas as dádivas da paz
que fruímos, não nos podemos esquecer desses que ardem nas labaredas cruéis da
ignorância, alucinados pelos desequilíbrios que os tornam profundamente desditosos.
Retira dos
nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos
enlouquecidos na volúpia do prazer, que enregelaram o coração longe dos
sentimentos de humanidade e que terão que despertar, um dia, sob o látego da
consciência que a ninguém poupa.
Porque já
passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles,
os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria desdita.
Quanto a
nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do
Cruzeiro, os que choram; os que se debatem nos desvãos da perturbação, e,
consciente ou inconscientemente, Te negam a sabedoria, o amor e a condução de
ternura como Pastor de nossas vidas.
Quando os
Teus discípulos, aqui reunidos, encerramos esta etapa, damo-nos as mãos, e,
emocionados, repetimos como os mártires do passado: - Ave Cristo! Em Tuas mãos
depositamos nossas vidas, para que delas faças o que Te aprouver, sem nos
consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é de melhor para nós.
Filhos da
alma: que vos abençoe o Pai de Misericórdia e que Jesus permaneça conosco; são
os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.
Assim seja.
Médium: Divaldo
Franco – Espírito: Bezerra de Menezes.
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